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Quando o calor vira risco: a mudança climática no ambiente de trabalho

3 de setembro de 2025

O Brasil se prepara para receber a COP30, em novembro, e a mudança climática deve dominar o noticiário nos próximos meses. Na Saúde e Segurança do Trabalho (SST) esse tema também ganhou força – afinal, não há crise climática sem impacto direto sobre quem está na linha de frente do trabalho. Até o início do evento, traremos, mês a mês, informações que ajudam a entender e agir diante dessa nova realidade.

A primeira conta que chega ao gestor é numérica – e implacável. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), até 2030 o estresse térmico pode eliminar 80 milhões de empregos, reduzindo produtividade, ampliando acidentes e favorecendo um maior desgaste para os trabalhadores. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) já orientam a adoção de medidas operacionais, como pausas obrigatórias, pontos de resfriamento e vigilância da hidratação.

No Brasil, pesquisas apontam para o aumento de casos de desidratação e fadiga decorrentes do calor, em setores como agricultura e construção, o que pressiona as normas de SST. O Anexo 3 da NR-15 – que fixa limites de tolerância para exposição ao calor – está em revisão pelo governo. As normas diretivas do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) já exigem que o calor seja tratado como risco mapeado e mitigado.

Há ferramentas práticas já em uso. Por exemplo, a Fundacentro disponibiliza o Monitor IBUTG, que avalia a exposição ocupacional ao calor e ajuda a transformar a sensação térmica (“está quente”) em uma decisão de segurança objetiva (quando reduzir o ritmo, quando parar, como documentar).

Checklist para empresas

  • mapear áreas e cargos de risco;
  • implementar monitoramento regular de clima;
  • atualizar o PGR;
  • instalar pontos de sombra e hidratação;
  • ajustar turnos para evitar horários de pico de calor;
  • implantar protocolos de aclimatação e treinar equipes para reconhecer e oferecer socorro ante sinais de estresse térmico e desidratação.