Assistência em Saúde e Segurança do Trabalho

Redes Sociais

cropped-cropped-cropped-logo-medicine-medicina-trabalho-1-2.png

Solicite seu orçamento





Diabetes (tipos I e II)

7 de outubro de 2016

Existem dois tipos de diabetes: o tipo I e o tipo II.

Para melhor explicar as características de cada um, é necessário conhecer algumas noções pertinentes ao funcionamento do organismo: os tecidos são formados por milhares de pequenas partículas chamadas células; cada uma delas tem ‘portinhas’ através das quais recebem o alimento de que necessitam para obter a energia, que permitirá a realização de suas funções. o “açúcar” (também denominado glicose) é um dos elementos mais importantes na geração de energia. O pâncreas produz uma substância muito importante, a insulina, que é responsável pela abertura das ‘portinhas’ através das quais o açúcar, trazido pelo sangue, penetra nas células.

Quando o organismo funciona normalmente (ou seja,quando não há diabetes), o pâncreas secreta a quantidade necessária de insulina para que o açúcar penetre nas células sem dificuldade e, assim, sua concentração na corrente sanqüinea mantenha-se constante (glicemia normal).

Por outro lado, as ‘portinhas’ das células devem ter a forma e o tamanho adequados para que a glicose possa atravessá–las sem dificuldade.

Diabetes tipo I.

Por um mecanismo não muito conhecido as células do pâncreas são danificadas e a produção de insulina torna–se mínima. Como consequência, as ‘portinhas’ das células não se abrem e todo o açúcar (glicose) permanece no sangue.

Se esse defeito não for corrigido, a quantidade de açúcar no sangue aumenta cada vez mais, ultrapassando o nível normal (Hiperglicemia), e as
células, privadas do alimento principal (a glicose), ficam ‘famintas’ e vêem–se obrigadas a obter energia a partir de outras substâncias, principalmente as gorduras.

Quando os níveis de glicose no sangue atingem certo valor acima do normal, o açúcar aparece na urina (glicosúria), maneira pela qual o organismo tenta eliminar o excesso de açúcar e, junto com ele, grande volume de urina (poliúria).

A água utilizada pelos rins para formar esse volume é retirada dos tecidos, dando origem á desidratação; por outro lado, o corpo tenta repor a água eliminada, o que provoca sede excessiva (Polidipsia).

Anteriormente, foi dito que as células ficam ‘famintas’ porque não recebem glicose; como consequência, o corpo sente fadiga, fraqueza e perde
peso; em muito casos , o apetite aumenta (Polifagia), na tentativa de fornecer mais alimentos ao organismo. Já comentamos também, que as células ‘famintas’ obtêm energia a partir, principalmente, das gorduras, o que leva a um aumento da produção de substâncias àcidas e à perda urinária das cetonas (cetonúria). Se essa situação continuar descontrolada, sobrevém um quadro muito grave, denominado cetoacidose diabética.

De todos os fatos até agora comentados, podemos deduzir que, no diabetes tipo i, a principal disfunção é a falta de insulina. Daí a necessidade de que todos os pacientes façam uso regular e diário da mesma, para melhor controlar a doença e evitar as complicações mencionadas.

O diabetes tipo i aparece, na maioria das vezes, em pessoas jovens (menores de 35 anos), com deficiência total ou quase total da insulina produzida pelo pâncreas.

Diabetes tipo II

Ocorre mais frequentemente em pessoas maiores de 40 anos, habitualmente obesas ou com excesso de peso.

Em tais pacientes, o pâncreas produz certa quantidade de insulina, não suficientemente ativa em nível celular. Nesse tipo de diabetes, a principal disfunção reside nas ‘portinhas’ existentes em cada célula, que não têm o número, a forma e o tamanho adequados para que a insulina possa agir sobre elas, abrindo-as o suficiente para a penetração da glicose. Os pacientes apresentam excesso de glicose no sangue (hiperglicemia) e também excesso de insulina (hiperinsulinemia), fazendo com que, de modo contrário ao que acontece no diabetes tipo i, geralmente não se faça necessário o uso habitual de insulina exógena (medicamentos).

Quando as “portinhas” das células não têm o número, a forma e o tamanho adequados para a insulina agir sobre elas… para controlar a doença, esses pacientes necessitam apenas diminuir o peso corporal, a partir , principalmente, da realização de dieta e exercícios.

Não é necessário que o paciente faça uso de insulina exógena. Deve reduzir o peso à base de dieta e exercícios. Com a redução do peso, as ‘portinhas’ das células aumentam em número e modificam a forma, tornando a insulina mais ativa e capaz de abri-las, permitindo, assim, a entrada da glicose.

Quando a dieta e os exercícios não forem suficientes para corrigir a hiperglicemia, torna-se necessário o uso complementar de medicamentos denominados hipoglicemiantes orais.